Richard Bach, o princípio de tudo

Eu tinha, acredito, onze anos, quando um dia de aula sem professor me fez ir à biblioteca da escola.

O acaso, ou destino, ou alguma força do universo muito especial, me levou até um pequeno livro.

Talvez eu tenha sido atraído pela capa: uma grande ave branca (naquele momento, eu não distinguia um pássaro do outro).

Em cerca de hora, hora e meia, eu me vi totalmente envolvido pela história e tentando entender aquela que seria uma mensagem tão importante, que talvez tenha moldado a minha vida em diante.

O livro, Fernão Capelo Gaivota, falava de gente comum e de quem se propõe ser especial.

Eu queria ser especial! Eu quis ser Fernão Capelo, gaivota livre entre gaivotas aprisionadas pelos costumes e por seus medos.

Nunca mais esqueci aquela lição! E tenho tentado voar, por toda vida; mesmo quando, como Fernão Capelo, me deparo com dificuldades que quebram meu voo.

Daí que Richard Bach seja o mais essencial de todos os autores essenciais para mim.

Ele é o Alfa, o princípio de tudo.

“A maior parte das gaivotas não se preocupa em aprender mais do que os simples fatos do voo — como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar. Antes de tudo o mais, Fernão Capelo Gaivota adorava voar. ” (Primeira parte)

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